Uma imagem que valeu mais do que mil palavras


Na extrema dureza da luta mediática contra a candidatura de Dilma Rousseff, destacou-se a revista “Época” com a manchete O passado de Dilma. Fizeram capa com uma foto tirada na polícia, quando foi presa pela ditadura aos 22 anos, e relataram a agitada e revolucionária vida política da candidata a partir do fim dos anos 60, bem documentada pelas anotações na sua ficha policial, onde era classificada como 'terrorista / assaltante de bancos'.



Nas páginas interiores, a revista publica uma ilustração com uma versão estilizada da fotografia da capa, encomendada pelo director de arte da “Época” ao ilustrador Sattu, pedindo-lhe que fizesse um trabalho no estilo do Shepard (autor do famoso retrato HOPE de Obama), algo que tivesse também referência à estética e à cor dos cartazes comunistas do século passado.


A campanha da Dilma Rousseff não gostou nada da reportagem. Curiosamente, o coordenador de comunicação da campanha não se apercebeu de imediato da potencialidade do novo retrato e descartou a sua utilização.
Mas, minutos depois de a revista ser posta à venda, o retrato vermelho e preto começa a circular na net pela mão de apoiantes da Dilma.
De facto, a ilustração é de alta qualidade. Faz lembrar as estilizações do famoso retrato do Che Guevara e o estilo lembra também algumas obras de Andy Warhol.
Dias depois, imensas variações começaram a aparecer, muitos assumiram esta imagem como a sua foto nas redes sociais, diversas camisolas foram estampadas usando esta imagem como base, alguns juntaram-lhe mesmo um verso do hino nacional sobre uma versão a verde e amarelo.


Os argumentos políticos gerados pelo retrato também começaram a aparecer: na luta contra a ditadura, “Dilma ficou, Serra fugiu”. Dilma disse: “Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta”.
No final da campanha, suprema ironia, surgiu uma versão com a faixa presidencial.

Sob o lema “Não importa o que a história fez com uma mulher. O que importa é o que a mulher fez com o que a história fez com ela”, estava lançado um novo ícone no Brasil: a Dilma guerrilheira, ou Dilma guerreira, como preferem chamar-lhe.



1 comentário:

tempus fugit à pressa disse...

é o Palma Carlos brasileiro

sem profissão excepto a política

sem fonte de rendimento

excepto por assalto

é a continuação do mensalão

e da demagogia

Sadam hussein também tinha os mesmos predicados

e ficha policial similar

foi injustiçado como Castro e Dilma

o Fidel não o Carlos...