Lamento que o Polígrafo, que tanto prezo pelo trabalho meritório que tem feito, não tenha passado neste simples fact-check, sobretudo porque a resposta, a correcção do seu erro, estava mesmo à frente do seu nariz, na própria fotografia com que o Polígrafo ilustrou o artigo.
Deixem-me dar-vos um exemplo futebolístico, muito simples, para ver se compreendem o tipo de erro que estão a cometer: se alguém dissesse "Pedro Proença assumiu a presidência do futebol português", que avaliação faria o Polígrafo?
Diria que não é verdade, diria talvez que não há presidência do futebol português, que ele é só presidente da Liga, o que é muito diferente; diria que, por exemplo, há também a Federação, que é presidida por Fernando Gomes, etc.
Para qualquer aficionado de futebol, a expressão "presidência do futebol português" soaria algo estranha, porque é um conceito vazio, não corresponde a nada que exista.
Mas, se houvesse um qualquer movimento dentro do futebol português para desvalorizar a Federação e para tentar que o poder no futebol fosse posto nas mãos da Liga, então este simples erro, essa mera falta de rigor, podia assumir conotações mais preocupantes.
O mesmo se passa com a "presidência da União Europeia", que também não existe, como sublinho mais detalhadamente aqui, onde mostro não só que é um facto que não existe (prefira os factos), mas que este erro pode ter outras implicações mais negativas, o que, estou certo, não será de forma alguma a intenção do Polígrafo.
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