Lembram-se que, a 4 de Outubro, no Parlamento, Vítor Gaspar anunciou solenemente ao "melhor povo do mundo" que a troika ia sair de Portugal em 2014?
Pois bem, numa carta de intenções enviada a 14 de Outubro ao FMI, assinada pelo Ministro das Finanças e pelo Governador do Banco de Portugal, o cenário é bem mais negro. Afirmam: "Comprometemo-nos a reduzir o défice estrutural abaixo de 0,5% do PIB em 2015. Para isso, mais consolidação será necessária em 2014–15. Os cortes serão especificados em Fev.2013." "As privatizações estão a avançar. Esperamos decisões finais sobre a TAP e a ANA em 2012. No primeiro trimestre de 2013 avançaremos com os CTT, as operadoras de resíduos e a Águas de Portugal e reestruturaremos todo o sector da água. Preparamos a venda ou concessão de um canal de rádio e de televisão da RTP e a venda da CP Carga no segundo trimestre de 2013. Estamos a identificar mais empresas públicas que possam ser privatizadas."
O FMI, em documento publicado esta quinta-feira no seu site, em reacção à carta do governo, prevê que a dívida portuguesa desça gradualmente, atingindo os níveis anteriores à crise apenas em 2030. Isto, claro, se puder a contar com mais cortes na despesa, ano após ano. O problema é que, se assim fosse, já poucos estariam cá para comemorar esse feito: a maioria já teria emigrado ou morrido de fome. Ou então, teria corrido com o governo e os seus amigos da troika e começado uma vida nova. E nesta obscena festa dos mercados, a sigla FMI seria substituída por outra parecida: FIM.
Pois bem, numa carta de intenções enviada a 14 de Outubro ao FMI, assinada pelo Ministro das Finanças e pelo Governador do Banco de Portugal, o cenário é bem mais negro. Afirmam: "Comprometemo-nos a reduzir o défice estrutural abaixo de 0,5% do PIB em 2015. Para isso, mais consolidação será necessária em 2014–15. Os cortes serão especificados em Fev.2013." "As privatizações estão a avançar. Esperamos decisões finais sobre a TAP e a ANA em 2012. No primeiro trimestre de 2013 avançaremos com os CTT, as operadoras de resíduos e a Águas de Portugal e reestruturaremos todo o sector da água. Preparamos a venda ou concessão de um canal de rádio e de televisão da RTP e a venda da CP Carga no segundo trimestre de 2013. Estamos a identificar mais empresas públicas que possam ser privatizadas."
O FMI, em documento publicado esta quinta-feira no seu site, em reacção à carta do governo, prevê que a dívida portuguesa desça gradualmente, atingindo os níveis anteriores à crise apenas em 2030. Isto, claro, se puder a contar com mais cortes na despesa, ano após ano. O problema é que, se assim fosse, já poucos estariam cá para comemorar esse feito: a maioria já teria emigrado ou morrido de fome. Ou então, teria corrido com o governo e os seus amigos da troika e começado uma vida nova. E nesta obscena festa dos mercados, a sigla FMI seria substituída por outra parecida: FIM.
Sem comentários:
Enviar um comentário