Quem gosta de arquitectura e admira belos edifícios, tem sempre um interesse especial por igrejas, que são muitas vezes exemplares dos mais interessantes em terras grandes ou pequenas. E é quando estão a ser utilizados que podemos sentir mais profundamente a qualidade dos projectos.
Em Brasília, tudo isto ganha uma dimensão especial. Não havendo nenhuma construção com mais de cinquenta anos, o que se pode apreciar é a forma moderna de projectar para a função religiosa. E, como muitas vezes acontece, são arquitectos ateus que melhor souberam dar uma resposta à criação de espaços plenos de espiritualidade.
Começamos pelo princípio, pela primeira igreja (na verdade, uma igrejinha) construída em Brasília, integrada num quarteirão (uma superquadra, como lhe chamou Lúcio Costa no plano piloto) e prevista como igreja de bairro, para servir apenas os habitantes dos prédios envolventes.
É a igrejinha de N. Sra. de Fátima, projectada por Oscar Niemeyer, inspirada numa certa forma de chapéu de freira.
A igreja é tão pequena que a maior parte dos fiéis assiste à missa no exterior.
E há uma senhora, de fato branco, que vem distribuir a comunhão pelo jardim.
Tem belos azulejos de Athos Bulcão que alternam o Espírito Santo com a estrela da Natividade.
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