Até os flamengos, quando estão irritados, dizem "basta!"
Uma rua de Bruxelas em hora de ponta no dia da Greve Geral
Faixa colocada mesmo em frente ao edifício onde reúne o Conselho Europeu. Será que os chefes de Estado e de governo sabem ler?
Em frente ao edifício do Conselho, Anne Demelenne, Secretária-geral da FGTB - Federação Geral do Trabalho da Bélgica, afirmou que “a austeridade não é a solução, ela é o problema”. Defendeu a emissão de euro-obrigações e uma fiscalidade mais justa. “A UE deveria tomar as medidas necessárias para regular os mercados financeiros, harmonizar o imposto sobre as empresas e sair da crise do Euro através, nomeadamente, da emissão de eurobonds, a instauração de uma taxa sobre as transações financeiras, a garantia do papel de «financiador de último recurso» do BCE. Estas medidas permitiriam aos Estados bloquear a especulação dos mercados e começar a relançar uma economia ao serviço dos trabalhadores, pagando os seus empréstimos a taxas correctas.” Criticou também o simulacro de concertação social proposto pelas organizações patronais e pelo governo.
Claude Rolin, Secretário-geral da CSC – Confederação de Sindicatos Cristãos, defende uma Europa solidária e unida, que saiba interligar os objectivos económicos, sociais e ecológicos, que seja mais do que a soma de interesses nacionais e que preste ajuda aos países e regiões em dificuldade em vez de deixar essa missão aos especuladores dos mercados financeiros e aos draconianos programas de estabilização do FMI. Rejeita as políticas de austeridade cega e não aceita que os sindicatos sejam colocados perante factos consumados na negociação social.
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